Postagem do primeiro semestre de 24/10/2015
Com um pouco de atraso, quero deixar registrado meu
reconhecimento a todos os professores, que fazem dessa jornada árdua, uma
satisfação pessoal.
Sim, ser professor é uma vocação, por isso é uma
profissão que é exercida por quem realmente gosta do que faz.
Num país em que os professores são mal remunerados, surge um fenômeno bastante curioso: professores lecionam conteúdos que eles não tem nenhum domínio.
Os professores precisam sobreviver, e acabam aceitando lecionar conteúdos que não dominam, pois esta é a forma de aumentarem os seus rendimentos.
Esta realidade se faz presente em todos os níveis de ensino: fundamental, médio e superior.
A consequência disso é que as habilidades que deveriam ser desenvolvidas acabam não sendo desenvolvidas.
Isso perpetua um ciclo pernicioso, pois parte destes alunos se transformam no futuro em professores.
Outra parte vai para o mercado de trabalho tradicional, mas este acaba selecionando os mais habilidosos. E assim, a educação perde em qualidade.
Sabemos que a pedagogia é um ato de amor. Só quem realmente gosta, é capaz de produzir aulas envolventes, é capaz de prender a atenção do aluno e fazer seu dia ser gratificante.
Paulo Freire ressalta o quanto pode representar um determinado gesto do professor na vida de um aluno e da necessidade de refletirmos sobre isso, já que na maioria das escolas fala-se muito da importância do ensino dos conteúdos e não há uma ampla compreensão do que é ensinar, "...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (FREIRE, 2003, p.47), e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico.
Não existe profissão que lhe dê um retorno tão imediato do quanto seu trabalho está sendo reconhecido. Prova disso, é o carinho que recebemos dos alunos, como esse recadinho que ganhei dia 15:
"Professora, fada milagrosa que ilumina os caminhos da nossa infância."
Parabéns ao profissional que forma todos os outros profissionais!