segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Parabéns Professor!


Postagem do primeiro semestre de 24/10/2015

Com um pouco de atraso, quero deixar registrado meu reconhecimento a todos os professores, que fazem dessa jornada árdua, uma satisfação pessoal.

Sim, ser professor é uma vocação, por isso é uma profissão que é exercida por quem realmente gosta do que faz.

Num país em que os professores são mal remunerados, surge um fenômeno bastante curioso: professores lecionam conteúdos que eles não tem nenhum domínio. 
Os professores precisam sobreviver, e acabam aceitando lecionar conteúdos que não dominam, pois esta é a forma de aumentarem os seus rendimentos. 
Esta realidade se faz presente em todos os níveis de ensino: fundamental, médio e superior. 
A consequência disso é que as habilidades que deveriam ser desenvolvidas acabam não sendo desenvolvidas. 
Isso perpetua um ciclo pernicioso, pois parte destes alunos se transformam no futuro em professores. 
Outra parte vai para o mercado de trabalho tradicional, mas este acaba selecionando os mais habilidosos. E assim, a educação perde em qualidade.

Sabemos que a pedagogia é um ato de amor. Só quem realmente gosta, é capaz de produzir aulas envolventes, é capaz de prender a atenção do aluno e fazer seu dia ser gratificante.

Paulo Freire ressalta o quanto pode representar um determinado gesto do professor na vida de um aluno e da necessidade de refletirmos sobre isso, já que na maioria das escolas fala-se muito da importância do ensino dos conteúdos e não há uma ampla compreensão do que é ensinar, "...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (FREIRE, 2003, p.47), e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico.

Não existe profissão que lhe dê um retorno tão imediato do quanto seu trabalho está sendo reconhecido. Prova disso, é o carinho que recebemos dos alunos, como esse recadinho que ganhei dia 15: 

"Professora, fada milagrosa que ilumina os caminhos da nossa infância."

Parabéns ao profissional que forma todos os outros profissionais!


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Adaptações na escola

Estamos na semana de adaptações na escola em que trabalho. Minha turma de berçário 1 que era composta por 5 crianças, receberá 10 alunos novos.
Atualmente tenho uma auxiliar para me ajudar nas atividades e cuidados no berçário. Planejei meu estágio em cima dessa realidade.

No final de setembro, recebemos da secretaria de educação do município, a informação de que as inscrições para a educação infantil foram abertas e as matrículas já estavam sendo feitas, e que a escola estaria recebendo essas crianças no início de outubro.
Esta semana, iniciamos 5 adaptações. Eram crianças novas chorando e as crianças já adaptadas, chorando também por ciúme e querendo a nossa atenção.

Muito se questionou sobre a qualidade do atendimento a essas crianças e também a inserção de crianças no final do ano, mas a resposta que tivemos, foi de que a prefeitura está somente matriculando crianças para as vagas já existentes.

O que acontece na realidade, é que nossa estrutura de sala (segundo cálculo por metro quadrado) não comporta todo esse número de bebês e ainda estamos com uma auxiliar a menos (na lei do município são 5 crianças no berçário para cada adulto).
A prefeitura entende que se estamos em duas professoras, podemos atender 10 crianças. Mas isso quando já adaptadas, o que não é a questão.

O processo de adaptação requer um ambiente tranquilo e acolhedor para essas crianças, é um processo que deve ser realizado com calma e cuidados especiais, assim, a adaptação tende a transcorrer naturalmente, respeitando o tempo de cada criança e passando segurança para a família.

O que vemos é uma preocupação da prefeitura em oferecer a vaga sem se preocupar com o bem estar da criança, o brincar e o lado pedagógico da situação.
Nos parece que o importante é atender o que a população quer, mas sem se preocupar muito em como será feito esse atendimento.

Sendo assim, a realidade mudou e eu preciso também me adaptar a essa nova situação de estágio. Agora, além de elaborar um planejamento para que os bebês se desenvolvam de acordo com a faixa etária, também será preciso me organizar para que as adaptações não interfiram negativamente nessa caminhada de estágio que está só começando e que essas crianças sintam-se de fato acolhidas nesse novo ambiente.