sábado, 16 de setembro de 2017

NASCEMOS PRECONCEITUOSOS?

Tivemos nossa primeira aula da interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade: abordagem sociocultural e antropológica nesta semana, e uma coisa interessante é a questão de trabalharmos o preconceito, nesta e em outras interdisciplinas.
A atividade proposta, era que em grupos de 3 pessoas, discutíssemos a questão do preconceito em vários aspectos.
Em todos os grupos, pode-se observar que, embora estejamos caminhando para um compreendimento de direitos por parte de todos na sociedade, ainda nos pegamos em certos momentos com algum preconceito presente dentro da gente, que achávamos que não tínhamos.
Unânime é a opinião de que o preconceito não nasce conosco, mas é construído dentro do ambiente familiar em que crescemos, do grupo a que fazemos parte e da sociedade em que estamos inseridos.
Se fizermos uma pesquisa sobre preconceito, a grande maioria vai dizer que não é preconceituoso, mas quando perguntarmos se conhece alguém preconceituoso, a grande maioria vai dizer que sim. Então, podemos concluir que não nos reconhecemos preconceituosos, mas no nosso íntimo, sabemos que por alguns valores passados para nós na infância, carregamos algum tipo de preconceito.
“O Brasil desconhece a si mesmo!”... por muito tempo se transmitiu a imagem de um Brasil homogêneo, sem diferenças ou promotor de uma democracia racial. (CANDAU, P. 126)
Acho que a interdisciplina nos trará grandes reflexões durante o semestre e com certeza os vídeos e s textos disponibilizados serão de grande auxílio para nossos questionamentos.


sábado, 9 de setembro de 2017

Ser Professor

O que é ser professor nos dias de hoje?
Fico me perguntando porque ainda quero me qualificar cada vez mais para exercer essa profissão.
Desde minha infância, sempre tive uma vontade de ser professora e gostava de brincar de aulinha com minhas bonecas e muitas vezes bastava um quadro negro, um giz e alunos imaginários, a brincadeira estava feita.
Sonhava em um dia ter meus alunos, ser respeitada por eles e acima de tudo ser valorizada pelo meu trabalho, com um salário digno e me sentisse realizada profissionalmente.
Me sentir realizada como professora, eu me sinto. Gosto do meu trabalho, gosto dos meus alunos, enfim, amo o que faço.
Mas porque ainda tem pessoas que buscam essa profissão se há tantos alunos que perderam o respeito por seus professores, e se o governo do estado não valoriza esse profissional que forma tantos outros profissionais?
Seguidamente vemos noticiários onde alunos agridem verbal e fisicamente seus professores, sem se importar com as consequências, pois sabem que existe todo um amparo legal a menores e um atendimento psicológico a eles se for necessário.
Mas e o professor? Como fica esse profissional que foi agredido simplesmente por exercer sua profissão e querer impor aos seus alunos um mínimo de respeito e disciplina para poder dar continuidade às aulas? Fica afastado até melhorar da agressão e depois voltar ao trabalho sem ao menos ter por direito um apoio psicológico?
Como se não bastasse esse descaso, o governo estadual, que deveria manter um salario digno aos seus servidores, simplesmente decide parcelar o salário destes profissionais não se preocupando nem com as contas que estes devem pagar ao final do mês, como todo cidadão.
Em consequência disso, as escolas entram em greve e quem sai prejudicado além dos professores, são os alunos que deixam de ter aula e a educação como um todo.
Ser professor nos dias de hoje, só me resta acreditar que seja por amor, por vocação ao que se faz. Nada justifica essa missão, se não for por que gostamos de formar cidadãos.