domingo, 25 de novembro de 2018

Feira de ideias


Postagem 8 – quarto semestre de  26/05/17

Na educação infantil, trabalhamos muito com sucatas como um material concreto.
Na escola em que trabalho, nossa Feira de Ideias acontece anualmente como uma mostra das atividades realizadas com as crianças.

Procuramos expor nessa feira, trabalhos feitos com sucatas (papelão, rolo papel higiênico, copos iogurte, tampinhas de garrafa, caixas, potes, entre outros).

Todo brinquedo confeccionado com material reciclável tende a despertar nas crianças novos interesses, além da criatividade, possibilidades de transformar objetos e também habilidade na confecção de brinquedos.

Cada atividade proposta, parte de uma investigação que a criança tem curiosidade. Podemos começar através da leitura de um livro, de um questionamento em sala e assim começamos a criar.

Através de uma história, além de criar personagens com sucata , também trabalhamos  diferentes atividades que  desenvolvem a motricidade fina, como rasgar papéis, colagem, pontilhar o caminho desenhado no papel, amassar bolinha de papel, aprender a usar a tesoura para recorte.
Assim são criados vários trabalhos que são verdadeiras obras de arte.

Piaget nos diz que a criança exploradora, constrói seu conhecimento, dando ênfase na relação do ambiente com o indivíduo, compreende a utilidade e funcionamento das estruturas do mundo.

Vygotsky aponta o brincar na primeira infância, um meio para o desenvolvimento psicológico e sociocultural da criança.

Wallon defende o brincar e o brinquedo juntos como uma forma de estruturação do eu da criança. Esse é um meio que possibilita a construção da personalidade.

Trabalhar e brincar com brinquedo reciclado, não é apenas lazer, estimulação da criatividade ou outros aspectos na criança. Trabalhar com sucata, é algo mais complexo, pois ao ter essa prática, exercemos uma ação direta no meio ambiente e no comportamento humano.

domingo, 18 de novembro de 2018

Projetos de Aprendizagem


Postagem 7 (terceiro semestre) de 23/12/16


Trabalhar com projetos de aprendizagem em sala de aula, amplia nossas possibilidades de construção de conhecimento de forma mais global, tendo como eixo a aprendizagem significativa. Parte da escolha de um tema de interesse do grupo para pesquisar.

Possibilita o diálogo com a realidade dos alunos, ampliando seus conhecimentos, com as diversas áreas de conhecimento e fomenta a perspectiva de trabalho coletivo entre professor e alunos. Os alunos constroem seu processo de aprendizagem a partir do momento em que sanam dificuldades e buscam aprofundamentos.

Trabalhar com projetos, possibilita responder a problemas colocados pelos alunos, questões de seus interesses.

O professor passa a ser um mediador do processo de construção do conhecimento, além de aprendiz. O aluno é o elemento central da construção do conhecimento, visto e respeitado como sujeito, trazendo suas experiências e sendo respeitado seu ritmo de aprendizagem.

Segundo Buck Institute for Education (2008), a pedagogia de projetos pode favorecer o trabalho do professor para conseguir um alto desempenho junto com seus alunos, como foco na aprendizagem de qualidade e possibilitando uma possível interferência junto à comunidade.

Para Martins (2007), o projeto deve estimular nos alunos a necessidade de busca de soluções para as questões propostas, considerando seus saberes prévios proporcionando assim um aprimoramento e o desenvolvimento das próprias competências como instrumentos de aprendizagem e compreensão da realidade.

Nossa última aula de Seminário Integrador IV, foi de apresentações dos projetos de aprendizagem realizada pelos grupos de alunos que foram formados na aula anterior.

Durante as apresentações, pude assistir a uma variedade enorme de temas curiosos. Projetos muito bem elaborados, outros sendo construídos e em andamento.

As certezas e dúvidas de nosso grupo foram sanadas? Não totalmente. Mas foi muito rico assistir a tudo isso e ver o quanto ainda temos para pesquisar.

Começamos com um norte, mas conforme íamos seguindo adiante, o rumo se modificava e outras dúvidas surgiam.

Achei um pouco difícil essa atividade, já que, cada uma do nosso grupo é de uma cidade e tem seus afazeres durante o dia, restando muitas vezes, somente nossos encontros presenciais e conversas pelo whatsap, parecendo em alguns momentos, que não iríamos conseguir alcançar o objetivo.

Mas estamos caminhando, com a certeza que estamos sempre em busca de novas respostas, novas pesquisas e algumas conclusões.
O certo é que nossos projetos continuam e seguem em frente.

sábado, 17 de novembro de 2018

Ciências


Postagem 6 (terceiro semestre) – de 23/12/16


Na interdisciplina Representação do Mundo pelas Ciências Naturais, aprendi bastante sobre como fazer da aula de ciências uma aula prazerosa e atrativa para os alunos.

A criança, por si só, é bastante curiosa, e para que a criança goste da aula, é preciso trazer novidades e instigar a sua curiosidade, fazendo-a participar.

Na educação infantil segundo Craidy e Kaercher (2001), ao ensinar ciências, o professor deve propiciar ao seu aluno a interação com diferentes materiais, observação e registro de muitos fenômenos, além de explicações que façam a criança construir conhecimentos e valores.

Como trabalho com berçário, pensei em como seria fazer ciências com meus alunos.
Curiosos eles são, atenção também é uma característica da idade.

O contato da criança com o ensino de ciências é muito pertinente, uma vez que, crianças dessa faixa etária são naturalmente curiosas, investigativas e observadoras, demonstram bastante interesse em conhecer o mundo que a cerca, a partir dos estímulos recebidos através dos professores e seus métodos de trabalharem com esses interesses.

Por essa razão, certo dia coloquei em meu planejamento uma pintura com gelo colorido.
Misturando corante alimentício colorido na água, fiz gelo para meus alunos pintarem uma folha em branco.

Ao mesmo tempo que trabalhei sensações usando o gelo para pintar, também trabalhei artes.
A ideia é que pintassem a folha, mas deixei live para que se quisessem simplesmente brincar com o gelo, ficassem a vontade.

No início, algumas crianças ficaram só observando, não sabiam se colocavam na boca ou se espalhavam o gelo pela folha branca.

Conforme mexiam no gelo, o colorido ia se formando e também a sensação gelada na mão e na boca, faziam com que quisessem continuar na atividade diferente.


domingo, 11 de novembro de 2018

Cesto dos Tesouros


Postagem 5 (segundo semestre) de 05/06/16


O cesto dos tesouros é uma atividade pra fazermos com bebês que já conseguem sentar-se sem apoio, de 6 a 12 meses.
Tem como proposta, elaborada pela inglesa Elionor Goldschimied, propiciar aos bebês, diferentes objetos de modo a estimular os vários sentidos: tato, olfato, paladar, audição, visão, possibilitar aproximações com as diferentes propriedades dos materiais e possíveis interações entre os próprios bebês.

Dentro de um cesto, deve-se colocar objetos de diferentes materiais, tamanho, peso, consistência,  textura, paladar, cheiro, som e temperatura, a fim de que o bebê tenha a oportunidade de interessar-se por muitas coisas que estão a sua frente.

Assim, o bebê poderá aprender sozinho, e com os outros bebês, cabendo ao adulto proporcionar a ele segurança e confiança para manusear os objetos, interferindo o mínimo possível em sua ação sobre eles.

Exemplos de objetos para colocar no cesto dos tesouros: pena, panela, talheres de diferentes tamanhos, novelo de lã, palha de aço, lixa, frutas, legumes, escova de cabelo, escova de dentes, cubo de madeira, pelego, chaves, boneca de pano, rolha grande, pinha, borracha, algodão, pedra grande.
Não é recomendado  ser colocado objetos de plástico, por ser o material de que é feito a maioria dos brinquedos.  Enfim, tudo que for diferente e que a criança não está acostumada a manusear, é permitido.

A principal característica dos objetos do cesto é que nenhum deles é um “brinquedo comprado” (GOLDSCHIMIED; JACKSON, 2006, p. 115). São objetos geralmente de uso doméstico ou advindos da própria natureza.

Ao trabalhar com bebês, é fundamental criar um ambiente em que “aprendam observando, tocando, experimentando, narrando, perguntando e construindo ações e sentidos sobre a natureza e a sociedade, recriando, deste modo, a cultura” (BARBOSA, 2010, p.3).

O cesto dos tesouros ajuda a desenvolver a coordenação motora, a criatividade e as sensações táteis dos bebês. Deve ser colocado ao alcance das crianças e deixar que elas manuseiem de acordo com seu interesse.

Ao professor, cabe o papel de observar as descobertas feitas pelos bebês.


Uma aventura chamada Literatura!


Postagem 4 (segundo semestre) de 12/04/16


Ontem na aula de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, tivemos a oportunidade de nos encantar um pouco mais com a arte da literatura.

No mundo da leitura, viajamos para dentro de um mundo de imaginação só nosso. Lá descobrimos emoções e sentimentos que vivemos dentro de uma história.
Ler para as crianças tem uma dimensão que muitas vezes não conhecemos.

Segundo Abramovich (1997) quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que tem em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinarem infinitos assuntos.

Durante uma hora do conto, como é importante apropriar-se do conteúdo do livro para poder transmitir as emoções que o livro nos traz.
As diferentes formas de se contar uma história, o uso de adereços, fantoches, ou a encenação, contribuem para que a criança se interesse pela história.

O despertar para o interesse da literatura começa bem cedo. 
Deixar que seus alunos manuseiem os livros para ler ou ver as gravuras, um passeio por uma biblioteca, onde eles possam escolher o livro de seu interesse, gera curiosidade e também o gosto pela leitura.

O hábito da leitura para crianças, ajuda no desenvolvimento pessoal, intelectual, aprimora suas habilidades de comunicação.
Quando a criança se acostuma com a leitura, consegue sentir prazer ao conhecer novas histórias. Também é uma forma de enriquecer o vocabulário, construir uma lógica de pensamento e criatividade.

Nunca é cedo para contar histórias para as crianças, mesmo com bebês. Já em seus primeiros  sinais de comunicação, seja apenas balbuciando, já é possível contar histórias.
Enquanto lemos para as crianças, estamos desenvolvendo a imaginação nas suas cabecinhas e despertando suas emoções.


sábado, 10 de novembro de 2018

O desfralde


Postagem do primeiro semestre de 03/12/15



Trabalho com uma turma de crianças com 2 anos de idade e tenho observado que algumas crianças querem tirar suas fraldas, se sentem incomodadas com a fralda suja, falam que querem fazer xixi. 
Claro que muitas vezes o xixi já foi feito, mas é um alerta para que se comece o desfralde.

O desfralde é um dos primeiros passos rumo à autonomia da criança, e também é considerado como um momento de descobertas, quando a criança toma consciência de suas capacidades de controle e de seu corpo.

Cada criança tem seu tempo, portanto, não são os professores ou os pais quem decidem, mas sim a criança. Cabe a nós, apoiá-los, seja dizendo que devemos usar o banheiro ou incentivando o uso do penico.

Não existe uma idade determinada para que seja iniciado o desfralde, mas é comum que o processo comece por volta dos 24 meses. A identificação da hora certa para começar o desfralde ocorre a partir da observação dos sinais emitidos pela criança. Um dos primeiros sinais é a criança anunciar que vai fazer xixi ou cocô.

Uma das estratégias mais eficazes para o desfralde é a exploração do processo por meio de brincadeiras, tornando a ida ao banheiro um ato comum e prazeroso para a criança (dar tchau para o cocô, cantar musiquinhas, ler historinhas referente ao desfralde são algumas sugestões).

Quando acontecer acidentes, como estar sem fralda e fazer xixi, é importante que a criança participe e ajude a pegar sua roupa suja e entenda que deve ser trocada por outra.

Quando a criança participa desse processo, ela se torna parte da solução e vai trabalhando sua independência também.

Lembrar a criança de usar o banheiro e perguntar se ela quer usar o banheiro é muito importante. Também devemos ensinar a usar o papel higiênico e lavar as mãos. Assim, a criança vai aprendendo também outros hábitos de higiene.

Fatores que interferem no processo de alfabetização


Postagem do primeiro semestre de 26/11/15


Na interdisciplina de Fundamentos da Alfabetização, muitos fatores interferem no processo de alfabetização das crianças. São eles:

- Aspectos sociológicos – crianças de classe socioeconômica mais baixa são aquelas que tem mais dificuldade de se alfabetizar.

- Aspectos funcionais – a criança precisa saber para que serve a escrita para poder se interessar em aprender (como ler histórias, poesias, rimas).  Aqui,  a criança de classe socioeconômica mais baixa tem desvantagem sobre as outras crianças, pois seu ambiente familiar não tem essa vivência de ver pessoas lendo próximas de si para ir adquirindo esse interesse.

- Aspectos estruturais – compreender o som de cada letra e como esse som pode ser diferente em uma palavra e outra.

- Aspectos neuronais – ao receber as informações, a criança precisa filtrar o que realmente interessa e essas informações vão para a memória , formando uma rede neuronal potente que permita novas aprendizagens.

- Aspectos psicogenéticos – as crianças não distinguem desenho de escrita num primeiro momento. Depois a criança começa a considerar o tamanho do objeto para escolher a quantidade de letras.

- Prazer, atenção e motivação.

- Organização da classe - Destaco aqui esse fator, por achar de fundamental importância o papel do professor nessa condução de aprendizagem.
A criança vem de um espaço acolhedor onde conhece todos ao seu redor, o grupo familiar.
Esse novo ambiente que é a escola, vem cheio de novidades e descobertas, mas também com receio do novo. A formação de um novo grupo, num ambiente estranho que é a escola, e regido por uma figura desconhecida: o professor.
Junto a tudo isto, surgem as regras, a socialização, a comunicação entre as crianças, o conviver com comportamentos diferentes e ainda as atividades que devem ser seguidas como pintar, sublinhar, circular, entre outros.

Piaget (1974) não aponta respostas sobre o que e como ensinar, mas permite compreender como a criança e os adolescentes aprendem, fornecendo um referencial para a identificação das possibilidades e limitações de crianças e adolescentes. Desta maneira, oferece ao professor uma atitude de respeito às condições intelectuais do aluno e um modo de interpretar suas condutas verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.

Por essa razão, penso que a organização da classe, é um dos fatores mais importantes na adaptação das crianças. Processo fundamental para que haja a alfabetização.