segunda-feira, 22 de abril de 2019

A diferença está no seu olhar


Postagem original disponível em:


Trabalhar com a diversidade é fundamental desde a educação infantil e durante o ano todo. Numa cultura onde se discrimina qualquer tipo de preconceito, mas que infelizmente vemos diariamente esses rótulos acontecerem na sociedade em que vivemos, a criança começa a criar seus conceitos do que é certo ou errado, do que é aceito e o que não é aceito, a partir do meio em que ela está inserida.
No contexto familiar, os costumes são passados através das gerações e as crianças carregam consigo sua bagagem de conhecimento para a escola.
Ao longo do curso, tive a oportunidade de trabalhar sobre diversidade com diferentes turmas, desde o berçário até o pré. A criança gosta de brincar com criança e não rejeita a companhia de outra criança, independente de sua aparência, cor ou deficiência.
O que observei nessas turmas, é que em torno de 4 anos de idade, a criança passa a expressar falas que ouve em casa e muitas vezes carregadas de preconceito, demonstrando em atitudes esse comportamento. Algumas crianças não queriam dar a mão pra determinado colega ou não queriam sentar na mesma mesa que outra criança.
Numa oportunidade de reunião com os pais de uma turma, tive a oportunidade de abordar o tema diversidade que estávamos trabalhando na época. Solicitei aos pais o auxilio deles para que tivessem um diálogo com seus filhos em casa, e falassem sobre a importância do respeito às diferenças.
A solicitação foi aceita e houve uma significativa melhora no comportamento das crianças, mas essa ação deve fazer parte de um processo contínuo, sendo trabalhado com as crianças ao longo de todo o ano, e não de forma isolada como vemos ser abordado em algum projeto.
Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil “para que seja incorporada pelas crianças, a atitude de aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na instituição” (BRASIL, 1998, p.41).

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